É compreensível !
Tenho andado para escrever umas palavras, mas tenho andado á espera para ver, qual seria a verdadeira motivação por quem está detrás da mesma.
É certo que não concordando com a posição tomada pelos jovens no comício do PS em Viseu, compreendo-a e não posso qualificar toda uma causa, pela acção de meia dúzia de jovens que apesar de boas intenções, foram infelizes na escolha como se manifestaram.
Hoje, ao passar os olhos pelo Geração Rasca deparei-me com um comentário que em tudo resume o que eu penso acerca das razões para vir para a rua que passo a transcreve-lo na sua integra.
Está criada em Portugal uma sociedade de
predadores em que a maioria dos canalhas instalados nos vários poderes
predatam constantemente a maioria da população.
Nas faculdades há uma conivência mortal de silêncio. Ninguém tem a coragem ou a dignidade de dizer aos alunos que no fim de cinco anos de estudos o conhecimento que lhes foi ensinado de pouco lhes valerá no mercado de trabalho. O importante é criar mais e mais cursos para também no ensino nos levar a consumir constantemente.
E ainda gozam connosco chamando-nos de geração rasca! A geração rasca é a geração que conduziu o país ao estado em que está. São as empresas e as pessoas que lucram com o desemprego, com a especulação, com os conflitos com as gritantes desigualdades sociais. São os ministérios que lucram com as guerras e consequentes vendas de armamento.
As soluções para as dificuldades da sociedade são medidas avulsas, temporárias, funcionais e puramente existencialistas. A verdade é que quem tem o poder neste momento não tem soluções. Os partidos políticos são desprovidos de valores. Não defendem nada sem ser a sua própria existência. Tudo fazem para agradar a Gregos e a Troianos independentemente de qualquer ética ou moralidade. A economia, os mercados, tornaram-se o novo Deus e todas as decisões têm como base esse dogma. Como se consumir preenchesse a alma de alguém.
A corrupção, o tráfico de influências é constante e abrange todos os poderes instituídos sejam eles o estado, o jornalismo, os médicos e advogados, a justiça, a educação. A globalização serviu também para mostrar como está espalhada a podridão que mina os senhores do mundo.
Vêm-nos falar de como tudo é bom agora que estamos na Europa. De como é bom ser móvel, poder ir trabalhar para outro país. Porquê? Porque bem se vê que as políticas que têm seguido em Portugal desincentivam o trabalho. Porque as classes reinantes destruíram completamente o aparelho produtivo do país.
Criaram-nos cursos superiores para quê? Para trabalharmos em Call Centers? Para fazerem de nós máquinas que usam máquinas? Para pularmos de estágio em estágio sem horários, sem folgas, sem fins-de-semana?
A tecnologia não melhorou substancialmente a nossa vida. Trouxe-nos algum conforto mas não mais que isso. E o mais engraçado é que ainda têm a lata de nos apelidar de inúteis que estão sempre agarrados a iPads e iPhones. Mas afinal quem é que tem lucrado com tudo isto senão as classes de predadores? Quem encheu as cidades de publicidade até nas casas de banho públicas tentando vender sonhos de trampa e ilusões? Quem transformou a educação na boa porcaria que está senão os burocratas governamentais?
Não nos chegam medidas avulsas, extensões de subsídios de desemprego, colecções de certificados de cursos de formação. Queremos mudança! Queremos o fim do clientelismo, da corrupção, da injustiça. O que queremos é que tenham vergonha na cara!
E quando nos queixamos ainda nos passam a mão pelo pêlo em tom paternalista dizendo-nos que o sistema é mesmo assim. Que não é possível arranjar empregos para toda a gente. Que somos demagógicos. E não percebem. Não percebem que a questão é precisamente essa. O SISTEMA NÃO NOS SERVE! Exigimos outro sistema! E não falamos de voltar a tempos antigos, a comunismos ou ditaduras. Falamos de algo novo. Algo a ser criado. Algo que represente a nossa cooperação e não a nossa competição. Algo bem diferente desta ditadura socialista disfarçada de democracia!
E quando interpelamos esta geração rasca que está no poder com a nossa manifestação perguntam-nos o que queremos, perguntam-nos onde estão os líderes desta manifestação. O que queremos deveria ser por demais evidente. Queremos DIGNIDADE! Queremos RESPEITO! Quanto aos líderes de que sentem falta – por que os incomoda tanto a sua ausência? Para que os querem? Para mais uma vez se sentarem todos à mesa da negociação longe do nosso olhar? Para com eles poderem combinar estratégias de corrupção e de engano? De cinismo e de hipocrisia? Para que no fim de tudo isso nada mude e tudo fique na mesma? Sabemos pensar por nós próprios! Não nos faz falta nenhuma que alguém fale por nós sobre o que sentimos na pele todos os dias!
Enquanto continuarem a colocar-nos essas questões mostram-nos claramente que ainda não perceberam a nossa mensagem. E isso por sua vez só nos mostra que quem está no poder não nos representa. Representam-se a si próprios. Usurparam o poder que foi democraticamente atribuído e pavoneiam-se pela assembleia da república e pelas inaugurações como uma corte do tempo de reinados que já não existem.
Aparecem na televisão a falar para as massas apresentando PECs e mais PECs como se isso resolvesse alguma coisa. Por quem nos tomam? Por idiotas? Acreditam mesmo que os tomamos como nossos representantes enquanto se passeiam em grandes carros com escoltas policiais a abrir-vos caminho? Enquanto vão de férias com as famílias em 1ª classe paga com os nossos impostos? Perguntamos de novo: por quem nos tomam, por idiotas?
Nas faculdades há uma conivência mortal de silêncio. Ninguém tem a coragem ou a dignidade de dizer aos alunos que no fim de cinco anos de estudos o conhecimento que lhes foi ensinado de pouco lhes valerá no mercado de trabalho. O importante é criar mais e mais cursos para também no ensino nos levar a consumir constantemente.
E ainda gozam connosco chamando-nos de geração rasca! A geração rasca é a geração que conduziu o país ao estado em que está. São as empresas e as pessoas que lucram com o desemprego, com a especulação, com os conflitos com as gritantes desigualdades sociais. São os ministérios que lucram com as guerras e consequentes vendas de armamento.
As soluções para as dificuldades da sociedade são medidas avulsas, temporárias, funcionais e puramente existencialistas. A verdade é que quem tem o poder neste momento não tem soluções. Os partidos políticos são desprovidos de valores. Não defendem nada sem ser a sua própria existência. Tudo fazem para agradar a Gregos e a Troianos independentemente de qualquer ética ou moralidade. A economia, os mercados, tornaram-se o novo Deus e todas as decisões têm como base esse dogma. Como se consumir preenchesse a alma de alguém.
A corrupção, o tráfico de influências é constante e abrange todos os poderes instituídos sejam eles o estado, o jornalismo, os médicos e advogados, a justiça, a educação. A globalização serviu também para mostrar como está espalhada a podridão que mina os senhores do mundo.
Vêm-nos falar de como tudo é bom agora que estamos na Europa. De como é bom ser móvel, poder ir trabalhar para outro país. Porquê? Porque bem se vê que as políticas que têm seguido em Portugal desincentivam o trabalho. Porque as classes reinantes destruíram completamente o aparelho produtivo do país.
Criaram-nos cursos superiores para quê? Para trabalharmos em Call Centers? Para fazerem de nós máquinas que usam máquinas? Para pularmos de estágio em estágio sem horários, sem folgas, sem fins-de-semana?
A tecnologia não melhorou substancialmente a nossa vida. Trouxe-nos algum conforto mas não mais que isso. E o mais engraçado é que ainda têm a lata de nos apelidar de inúteis que estão sempre agarrados a iPads e iPhones. Mas afinal quem é que tem lucrado com tudo isto senão as classes de predadores? Quem encheu as cidades de publicidade até nas casas de banho públicas tentando vender sonhos de trampa e ilusões? Quem transformou a educação na boa porcaria que está senão os burocratas governamentais?
Não nos chegam medidas avulsas, extensões de subsídios de desemprego, colecções de certificados de cursos de formação. Queremos mudança! Queremos o fim do clientelismo, da corrupção, da injustiça. O que queremos é que tenham vergonha na cara!
E quando nos queixamos ainda nos passam a mão pelo pêlo em tom paternalista dizendo-nos que o sistema é mesmo assim. Que não é possível arranjar empregos para toda a gente. Que somos demagógicos. E não percebem. Não percebem que a questão é precisamente essa. O SISTEMA NÃO NOS SERVE! Exigimos outro sistema! E não falamos de voltar a tempos antigos, a comunismos ou ditaduras. Falamos de algo novo. Algo a ser criado. Algo que represente a nossa cooperação e não a nossa competição. Algo bem diferente desta ditadura socialista disfarçada de democracia!
E quando interpelamos esta geração rasca que está no poder com a nossa manifestação perguntam-nos o que queremos, perguntam-nos onde estão os líderes desta manifestação. O que queremos deveria ser por demais evidente. Queremos DIGNIDADE! Queremos RESPEITO! Quanto aos líderes de que sentem falta – por que os incomoda tanto a sua ausência? Para que os querem? Para mais uma vez se sentarem todos à mesa da negociação longe do nosso olhar? Para com eles poderem combinar estratégias de corrupção e de engano? De cinismo e de hipocrisia? Para que no fim de tudo isso nada mude e tudo fique na mesma? Sabemos pensar por nós próprios! Não nos faz falta nenhuma que alguém fale por nós sobre o que sentimos na pele todos os dias!
Enquanto continuarem a colocar-nos essas questões mostram-nos claramente que ainda não perceberam a nossa mensagem. E isso por sua vez só nos mostra que quem está no poder não nos representa. Representam-se a si próprios. Usurparam o poder que foi democraticamente atribuído e pavoneiam-se pela assembleia da república e pelas inaugurações como uma corte do tempo de reinados que já não existem.
Aparecem na televisão a falar para as massas apresentando PECs e mais PECs como se isso resolvesse alguma coisa. Por quem nos tomam? Por idiotas? Acreditam mesmo que os tomamos como nossos representantes enquanto se passeiam em grandes carros com escoltas policiais a abrir-vos caminho? Enquanto vão de férias com as famílias em 1ª classe paga com os nossos impostos? Perguntamos de novo: por quem nos tomam, por idiotas?
Quem está a governar o país não tem capacidade para o fazer.
E por isto tudo.......
AMANHÃ, LÁ ESTAREI ...... Não em casa!....Não no Trabalho! ...Mas sim NA RUA.
Nuno Guerreiro